Expedição desbrava geossítios na Serra de Itaqueri

Durante a visita, os geocientistas estudaram locais para a realização de atividades educativas à céu aberto

Equipe do Projeto Geopark Corumbataí posa para foto em frente aos morros testemuho Cantagalo (1º plano), Bizigueli (2º plano) e Guarita (à direita)
Equipe do Projeto Geopark Corumbataí posa para foto em frente aos morros testemuho Cantagalo (1º plano), Bizigueli (2º plano) e Guarita (à direita). Foto: André Kolya.

Nesta terça, (20 mar.), equipe do Projeto Geopark Corumbataí esteve em Ipeúna e Itirapina para uma excursão de reconhecimento. Os pesquisadores percorreram duas importantes trilhas que cortam a Serra de Itaqueri.

Participaram da atividade 8 pessoas, incluindo professores, pós-graduandos e graduandos da Unesp e da Unicamp. A atividade também contou com fundamental apoio da Prefeitura Municipal de Ipeúna, que providenciou o translado da equipe.

Como resultado, o grupo percorreu um trajeto de 13 quilômetros e desnível de 372 metros. Foram identificados afloramentos de rochas de 4 diferentes unidades geológicas. Entre as rochas identificadas, algumas foram formadas há mais de 200 milhões de anos e outras, mais recentes, há pouco mais de 50 milhões de anos.

Diferentes rochas e formas do relevo fazem parte do trajeto percorrido pela equipe. Cada uma dessas características revela uma parte da história geológica do Geopark Corumbataí.
Diferentes rochas e formas do relevo fazem parte do trajeto percorrido pela equipe. Cada uma dessas características revela uma parte da história geológica do Geopark Corumbataí. Foto: André Kolya.

Estudos indicam que, nas diferentes idades em que as rochas foram formadas, o paleoambiente da região era completamente diferente do atual. Foram observados indícios da existência de desertos e até imensos derrames de lava no passado geológico.

A expedição abriu caminho para a realização de novas pesquisas e atividades geoeducativas nos geossítios da Serra de Itaqueri

Com os resultados obtidos, o Prof. Dr. José Eduardo Zaine, está criando uma atividade didática de treinamento para mapeamento geológico a partir de fotos aéreas. A expectativa é que, no mês de maio, o professor aplique a atividade com uma turma de cerca de 35 estudantes de geologia da Unesp Rio Claro.

As trilhas íngremes e escorregadias são parte do desafio enfrentado pela equipe durante a caminhada de 13 quilômetros.
As trilhas íngremes e escorregadias são parte do desafio enfrentado pela equipe durante a caminhada de 13 quilômetros. Foto: André Kolya.

As informações obtidas no campo também serão incluídas no banco de dados de informações de geoconservação do Projeto Geopark Corumbataí. Para ver mais fotos, acesse o Instagram do Geopark Corumbataí: @geopark_corumbatai

Texto: André Kolya

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