Alunos do Instituto Federal visitam geossítios do Geopark Corumbataí

Grupo composto por pessoas de diferentes áreas do conhecimento visitou durante 2 dias importantes elementos da Geodiversidade do Geopark Corumbataí.

Foto em grupo dos participantes da visita

Durante os dias 24 e 25 de outubro, diversos alunos do Instituto Federal (IF) de São Paulo visitaram sítios naturais do Geopark Corumbataí. Também participaram da atividade professores da instituição (Profa. Fabiana Ferreira e Prof. André Santos), além de espeleólogos dos grupos Gesmar (Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar) e EGRIC (Espeleo Grupo Rio Claro), e um mestrando da UNESP do grupo de implantação do Geopark Corumbataí.

alunos visitando o museu de rochas e minerais da UNESP
A visita começou no Departamento de Geologia da UNESP Rio Claro, onde estão os Museus de Rochas e Paleontologia

Durante os dois dias de atividades, os participantes visitaram 2 museus, 2 cavernas, passaram por rios e cachoeiras, além de diversos mirantes de onde é possível observar o relevo da região e compreender a evolução da paisagem. O estudo de meio agregou conhecimentos de diferentes áreas como geologia, geografia, geomorfologia, biologia, entre outras.

Os famosos morros testemunho Cuscuzeiro e Camelo (ao fundo).
Os famosos morros testemunho Cuscuzeiro e Camelo (à esquerda). Foto: Zenaide Teles.

Os alunos tiveram o privilégio de conhecer a zona de transição entre 3 tipos de relevos do estado de São Paulo. O Geopark Corumbataí está localizado exatamente no limite entre a depressão periférica com o planalto ocidental, marcado pelos fronts das cuestas arenito-basálticas. É justamente nessa cuesta que aflora o Aquífero Guarani, surgem importantes nascentes, e formam-se as cavernas. Outro elemento da geodiversidade caraterístico desta região são os morros testemunhos. O mais famoso deles, o Morro do Cuscuzeiro, foi observado pelo grupo durante a passagem pelo município de Analândia.

Grupo caminho junto ao front da cuesta, local de importantes nascentes do Aquífero Guarani.
Grupo caminho junto ao front da cuesta, local de importantes nascentes do Aquífero Guarani. Foto: Zenaide Teles.

Conforme os alunos percorreram o trajeto conhecendo os sítios naturais, os monitores explicavam os aspectos científicos por trás da Geodiversidade. Foram abordados diversos temas de forma interdisciplinar integrando o conhecimento do meio natural. Entre eles, a formação das rochas e cavernas, a evolução do relevo, a arqueologia e também os impactos ambientais.

Alunos observam vestígios pré-históricos em caverna do município de Analândia.
Alunos observam vestígios pré-históricos em caverna do município de Analândia. Foto: Zenaide Teles.

As atividades de campo foram muito proveitosas para os participantes que relataram ter sido uma experiência única. Muitos dos alunos tiveram a oportunidade de conhecer uma caverna pela primeira vez. Para outros, foi o primeiro contato com uma região de Geoconservação como o Geopark Corumbataí. A equipe do Geopark ficou muito satisfeita com a realização dos trabalhos. Além de apoiar a realização do roteiro geocientífico, o Geopark fomenta o desenvolvimento sustentável na região. A passagem do grupo gerou renda aos negócios locais como restaurantes e operadores turísticos, aquecendo a economia dos municípios.

Geopark Corumbataí recebe pós-graduandos vindos da UFS e da UFAM em roteiro didático

Afloramento da Formação Tatuí junto ao Rio Passa Cinco

No dia 10 de setembro, um grupo de geólogos fez um roteiro didático pela Geodiversidade do Geopark Corumbataí. O objetivo do campo foi apresentar a Bacia Sedimentar do Paraná a dois pós-graduandos provenientes das Universidades Federais do Sergipe (UFS) e do Amazonas (UFAM).

Dunas eólicas da Formação Botucatu na região da Serra de Ipeúna

Durante um dia de excursão, os participantes puderam observar materiais e feições de unidades vulcano-sedimentares das Eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica, representativas de toda a estratigrafia da bacia no Estado de São Paulo.

Ocorrência fossilífera de Mesossaurídeos da Formação Irati

Entre os pontos visitados, destacam-se: minerações de argila e calcário, sítios fossilíferos, afloramentos com feições estruturais/tectônicas e estruturas sedimentares, pontos de observação do relevo e quedas d’água.

Intercalação de folhelhos e calcários da Formação Irati dobrada

O roteiro permitiu que os participantes se familiarizassem com as principais características da Bacia do Paraná e conhecessem importantes geossítios na região do Geopark Corumbataí.

Vista da Serra de Ipeúna

Alunos de Santa Barbara D’Oeste visitam museus de Geociências da UNESP Rio Claro

No dia 18 de agosto, alunos do preparatório Iter Educacional, de Santa Barbara d’Oeste, foram conhecer 2 Museus de Geociências localizados na UNESP de Rio Claro.

Grupo de alunos de Santa Bárbara D’Oeste no Museu de Minerais e Rochas. Foto: Pati Tour.

Os museus visitados foram Museu de Paleontologia e Estratigrafia e o Museu de Minerais e Rochas. O acervo dos museus conta com grande diversidade de Minerais, Rochas e Fósseis provenientes de diversas regiões, incluindo  a Bacia do Rio Corumbataí.

Aluno observa fósseis de Mesossaurídeos da Formação Irati no Museu de Paleontologia e Estratigrafia. Foto: Pati Tour.

A visita foi acompanhada pela agência de Turismo Pedagógico Pati Tour.

Fundação Santo André faz expedição na região do Geopark Corumbataí

Nos dias 10 e 11 de julho, uma equipe multidisciplinar da instituição Fundação Santo André percorreu a região do Projeto Geopark Corumbataí, conhecendo diversos sítios naturais como cavernas, cachoeiras e afloramentos de rochas. A equipe, formada por 2 geógrafos, 3 químicos, 1 historiadora, se juntou ao geólogo Vanderlei Farias do Espeleogrupo Rio Claro (EGRIC) que os guiou durante dois dias de expedição.

O objetivo do roteiro foi fazer o reconhecimento do patrimônio natural da região para que os profissionais possam futuramente trazer grupos de universitários em viagens de estudo do meio. Os dois dias de campo foram suficientes para o grupo conhecer 6 sítios naturais, incluindo cavernas, cachoeiras, paisagens, pinturas rupestres e afloramentos rochosos.

No município de Ipeúna, o grupo visitou uma das maiores cavidades naturais da região, a Gruta do Fazendão. Nela, os participantes aprenderam mais sobre a geodiversidade e puderam também ver alguns impactos ambientais que a visitação sem controle pode causar.

Já no município de Analândia, os participantes conheceram a Toca do Índio, uma cavidade onde é possível observar pinturas rupestres estimadas em mais de 7 mil anos! São provas de que desde a pré-história, a região do Geopark Corumbataí atraiu populações humanas devido ao clima ameno e abundância de recursos naturais.

Para fechar com chave de ouro, a expedição terminou na Cachoeira do Escorrega, onde existe também um camping e restaurante. Além de se banhar nas águas das nascentes do Rio Corumbataí, também é possível a prática de boia-cross no local.

Posteriormente, o roteiro foi aplicado em um grupo de 18 alunos graduandos em geografia, com idades entre 19 e 55 anos. O resultado foi uma atividade de campo, multidisciplinar que se mostrou muito importante para desenvolver diversas habilidades e promover a troca de conhecimento entre os participantes.

Um artigo completo relatando todas as atividades e o conhecimento científico envolvidos na atividade foi publicado no Portal Expressão Geográfica: Serra do Itaqueri (SP) – A litologia e os paleoclimas na diversidade da paisagem geomórfica paulista e roteiros de natureza em atividades de aventura e ecoturismo