Primeira etapa da Caravana do Geopark Corumbataí mobiliza o município de Corumbataí

1ª Reunião da Caravana do Projeto Geopark Corumbataí

Na noite de 28 de setembro o movimento foi grande no Centro Comunitário Urbano de Corumbataí – SP. Aos poucos, representantes de diversas instituições de cidades do entorno foram chegando para se juntar aos cidadãos de Corumbataí. Era a 1ª reunião da Caravana que vai passar por 8 municípios promovendo o Projeto Geopark Corumbataí!

Apresentação dos Patrimônios Naturais de Corumbataí – SP

No início, a curiosidade tomava conta dos participantes, ansiosos por entender do que se trata o projeto. Após as apresentações iniciais, o Prof. Dr. Alexandre Perinotto, diretor do Instituto de Geociências (IGCE) da UNESP Rio Claro fez questão de mostrar que a universidade estava lá para ouvir os munícipes e contribuir com o desenvolvimento local pedindo assim que o secretário Carlos Aguiar apresentasse o potencial turístico da cidade.

Dr. Alexandre Carille presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB Rio Claro, Profa. Dra. Luciana Cordeiro, da Unicamp Limeira e Prof. Dr. Alexandre Perinotto da UNESP Rio Claro

A Prof. Dra. Luciana Cordeiro de Souza, da Unicamp Limeira, fez uma apresentação apaixonada sobre o significado do conceito Geopark e o poder de transformação que este modelo de gestão territorial pode trazer para a região. Em seguida, o Prof. José Eduardo Zaine, da UNESP Rio Claro, apresentou o patrimônio natural da região sob o ponto de vista científico, deixando claro o orgulho que ele sentia em participar do projeto devido às raízes de sua família no município.

Apresentação do Prof. Dr. José Eduardo Zaine da UNESP Rio Claro

Depois das apresentações, e cientes dos objetivos do projeto, o entusiasmo tomou conta do público que se apressou em fazer perguntas e contar mais sobre os atrativos naturais e culturais de Corumbataí. Ficou claro o interesse da população em contribuir para fortalecer o Projeto Geopark Corumbataí e trazer assim mais desenvolvimento sustentável para a região!

Produtos típicos artesanais de Corumbataí compondo uma bela cesta de presentes

Devido ao interesse de todos, a reunião durou até quase as 22h, quando decidiu-se que os membros do Conselho Municipal de Turismo, em conjunto com as autoridades locais e demais cidadãos vão continuar os trabalhos de inventariação e desenvolvimento dos atrativos locais. Uma nova reunião será realizada em breve para se verificar os avanços nos trabalhos e definir os próximos passos a serem seguidos.

Projeto Geopark Corumbataí participa do 1º Encontro Municipal de Turismo de Corumbataí

Dia 21 de setembro uma equipe do Projeto Geopark Corumbataí participou do 1º Encontro Municipal de Turismo de Corumbataí. O evento contou com a participação da população, autoridades políticas e entidades dos setores da área, incluindo o presidente da Região Turística Serra do Itaqueri Fábio Pontes, a presidente da Associação dos Municípios  de Interesse Turístico Daniela Brito, o deputado estadual, autor do projeto de lei dos MIT João Caramez e o diretor do IGCE da UNESP Rio Claro Prof. Dr. Alexandre Perinotto.

Durante o encontro, foram apresentadas potencialidades do turismo no município, em especial em relação ao ecoturismo, pois a região conta com cavidades naturais,  cachoeiras, morros, rios e uma rica cultura. Foram discutidas as iniciativas que estão acontecendo em prol do turismo em Corumbataí e estratégias para o futuro.

Em sua fala, o Prof. Dr. Alexandre Perinotto, membro da equipe do Projeto, enfatizou que o Geopark Corumbataí vai somar esforços para valorizar, proteger e divulgar o patrimônio natural da região. A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí será o fio condutor que integrará os diversos municípios, contribuindo assim para a regionalização do turismo.

O diretor do IGCE também reforçou a todos o convite para participar na semana seguinte (28 de setembro) do encontro da caravana do Projeto Geopark Corumbataí, que percorrerá todos os municípios da bacia promovendo apresentações e debates.

Aluna da UNESP realiza estudo de campo em geossítios de Ipeúna

Aluna da UNESP realiza estudo de campo em geossítios de Ipeúna

No dia 30 de agosto, uma estudante do curso de geologia da UNESP Rio Claro, realizou trabalho de campo em geossítios que compõe a área de estudo do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A aluna foi acompanhada pelo Prof. Dr. José Eduardo Zaine e por um pós-graduando, que estudam estratégias de Geoconservação na Bacia do Corumbataí.

Pesquisadores analisando afloramento de paleodunas eólicas da Formação Pirambóia

O objetivo do campo foi coletar informações a respeito de características geológicas e geotécnicas dos pontos visitados. O resultado do trabalho será importante para a gestão do patrimônio geológico.

O primeiro dos três pontos visitados foi um clássico afloramento de dunas eólicas da Formação Pirambóia, localizado às margens da rodovia Irineu Penteado. Apesar da exuberância da exposição e seu valor educativo, o geossítio situa-se em local de alto risco para visitação, devido ao intenso tráfego de veículos pesados, muitas vezes acima da velocidade.

Dunas eólicas da Formação Pirambóia

O segundo ponto foi um afloramento de rochas da Formação Corumbataí sob o Ribeirão dos Sinos, formando alguns pequenos saltos, originados da intercalação de diferentes camadas da unidade. Essa feição da Geodiversidade, de grande beleza cênica, deu origem ao Parque Ecológico Henriqueta Barbeta. Pela facilidade de acesso e por ser intensamente visitado pelos moradores locais, o local se mostrou ideal para a aplicação de estratégias de valorização do patrimônio geológico junto ao público.

O último ponto visitado foi um segundo afloramento de dunas da Formação Pirambóia, localizado em uma encosta às margens do Rio Passa Cinco. Apesar de ser um geossítio que já consta em inventários do patrimônio geológico, o local mostrou-se de difícil acesso e deteriorado pelo intemperismo e pelo crescimento de vegetação.

Dunas eólicas da Formação Pirambóia

A partir das observações de campo, os participantes puderam conhecer melhor o patrimônio geológico da região, definindo estratégias de geoconservação prioritárias para cada local.

Artista trabalhando em pintura a óleo que usa a Geodiversidade como temática

Geopark Corumbataí recebe pós-graduandos vindos da UFS e da UFAM em roteiro didático

Afloramento da Formação Tatuí junto ao Rio Passa Cinco

No dia 10 de setembro, um grupo de geólogos fez um roteiro didático pela Geodiversidade do Geopark Corumbataí. O objetivo do campo foi apresentar a Bacia Sedimentar do Paraná a dois pós-graduandos provenientes das Universidades Federais do Sergipe (UFS) e do Amazonas (UFAM).

Dunas eólicas da Formação Botucatu na região da Serra de Ipeúna

Durante um dia de excursão, os participantes puderam observar materiais e feições de unidades vulcano-sedimentares das Eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica, representativas de toda a estratigrafia da bacia no Estado de São Paulo.

Ocorrência fossilífera de Mesossaurídeos da Formação Irati

Entre os pontos visitados, destacam-se: minerações de argila e calcário, sítios fossilíferos, afloramentos com feições estruturais/tectônicas e estruturas sedimentares, pontos de observação do relevo e quedas d’água.

Intercalação de folhelhos e calcários da Formação Irati dobrada

O roteiro permitiu que os participantes se familiarizassem com as principais características da Bacia do Paraná e conhecessem importantes geossítios na região do Geopark Corumbataí.

Vista da Serra de Ipeúna