UNESP apresenta Parque Geológico de Rio Claro em Simpósio de Geoconservação

UNESP apresenta Parque Geológico de Rio Claro em Simpósio de Geoconservação

Atrações do parque incluem répteis fósseis, rochas usadas como artefatos pré-históricos, rochas geradoras de petróleo e uma litoestratigrafia única, que comprova a ligação do Brasil com a África.

mestrando apresenta o projeto durante o simpósio de geoconservação

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente da UNESP Rio Claro apresentou projeto de Parque Geológico durante Simpósio de Patrimônio Geológico. Ocorrido em Ponta Grossa – PR, o simpósio contou com a participação de pesquisadores de diversos países.

O parque proposto localiza-se em Assistência, distrito de Rio Claro, onde ocorrem rochas e fósseis de importante valor geopatrimonial. Após diversas iniciativas de proteção da área, o graduando, em parceria com a diretoria do IGCE, empresas locais e a Secretaria de Meio Ambiente, elaborou um TCC baseado no Parque. O estudo identifica valores e potencialidades do geossítio e faz um estudo de caso do projeto do parque. O trabalho pode ser lido e baixado gratuitamente no Repositório Institucional da UNESP clicando aqui.

valores da formação Irati incluem rochas, fósseis, roteiros didáticos, artefatos pré-históricos, entre outros

O aluno foi orientado pelo Prof. Dr. José Eduardo Zaine que acompanhou a apresentação do trabalho, junto com uma equipe da UNESP e pesquisadores de outras universidades. Após a apresentação, o mestrando respondeu às duvidas e curiosidades dos presentes. Entre os interessados, estavam pesquisadores de outros Geoparks aspirantes.

Atualmente, o Parque Geológico de Assistência está em fase de aprovação pelo órgão ambiental estadual (CETESB). Caso aprovado, será o 1º parque geológico de rochas e fósseis da Formação Irati no estado de São Paulo. A previsão é que o parque tenha um local para observação da rocha ao ar livre, além auditório e sala de exposições. O parque irá compor a estrutura de geossítios do Geopark Corumbataí. Devido aos valores científico e didático, é esperado um grande número de visitantes de diversos estados e até outros países.

Veja abaixo uma matéria da EPTV sobre o parque:

 

Professora da FCA Unicamp apresenta projeto sobre o Geopark Corumbataí em Evento Internacional

banner do evento

Projeto apresentado reforça o papel da mulher no processo de fortalecimento da identidade local e do desenvolvimento sustentável na região do Geopark.

Profa. Dra. Luciana Cordeiro apresenta trabalho sobre o Geopark Corumbataí no evento
Profa. Dra. Luciana Cordeiro apresenta trabalho entitulado “Cidadania e Pertencimento Ambiental na criação do Geopark Corumbataí: o papel da mulher neste processo de ressignificação ambiental territorial”

Dia 27 de outubro, ocorreu a Oficina Construindo uma Agenda de Água e Gênero para o Brasil e para a América Latina. O evento foi promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA), pela Parceria Global pela Água (GWP) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Este evento, preparatório para o 8º Fórum Mundial da Águavisa a delinear ações estratégicas de gênero para a ANA e para o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Participaram estudiosos de diversos países latino-americanos, como: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Nicarágua, Panamá e Peru.

Participantes do evento posam para foto
Representantes de diversos países latino-americanos participaram do evento

A Profa. Dra. Luciana Cordeiro Fernandes, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) – Unicamp, participou do evento representando o Geopark Corumbataí. A pesquisadora apresentou o projeto “Cidadania e Pertencimento Ambiental na criação do Geopark Corumbataí: o papel da mulher neste processo de ressignificação ambiental territorial“. O trabalho apresentado valoriza o papel da mulher no processo de fortalecimento da identidade local na região do Geopark.

promotores do evento

A participação no evento internacional foi muito importante pois possibilitou a troca de experiências entre os diversos países latino-americanos. Além disso, o encontro reforça a relevância do tema Geoparks, que deve ser abordado no 8º Fórum Mundial da Água.

Alunos do Instituto Federal visitam geossítios do Geopark Corumbataí

Grupo composto por pessoas de diferentes áreas do conhecimento visitou durante 2 dias importantes elementos da Geodiversidade do Geopark Corumbataí.

Foto em grupo dos participantes da visita

Durante os dias 24 e 25 de outubro, diversos alunos do Instituto Federal (IF) de São Paulo visitaram sítios naturais do Geopark Corumbataí. Também participaram da atividade professores da instituição (Profa. Fabiana Ferreira e Prof. André Santos), além de espeleólogos dos grupos Gesmar (Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar) e EGRIC (Espeleo Grupo Rio Claro), e um mestrando da UNESP do grupo de implantação do Geopark Corumbataí.

alunos visitando o museu de rochas e minerais da UNESP
A visita começou no Departamento de Geologia da UNESP Rio Claro, onde estão os Museus de Rochas e Paleontologia

Durante os dois dias de atividades, os participantes visitaram 2 museus, 2 cavernas, passaram por rios e cachoeiras, além de diversos mirantes de onde é possível observar o relevo da região e compreender a evolução da paisagem. O estudo de meio agregou conhecimentos de diferentes áreas como geologia, geografia, geomorfologia, biologia, entre outras.

Os famosos morros testemunho Cuscuzeiro e Camelo (ao fundo).
Os famosos morros testemunho Cuscuzeiro e Camelo (à esquerda). Foto: Zenaide Teles.

Os alunos tiveram o privilégio de conhecer a zona de transição entre 3 tipos de relevos do estado de São Paulo. O Geopark Corumbataí está localizado exatamente no limite entre a depressão periférica com o planalto ocidental, marcado pelos fronts das cuestas arenito-basálticas. É justamente nessa cuesta que aflora o Aquífero Guarani, surgem importantes nascentes, e formam-se as cavernas. Outro elemento da geodiversidade caraterístico desta região são os morros testemunhos. O mais famoso deles, o Morro do Cuscuzeiro, foi observado pelo grupo durante a passagem pelo município de Analândia.

Grupo caminho junto ao front da cuesta, local de importantes nascentes do Aquífero Guarani.
Grupo caminho junto ao front da cuesta, local de importantes nascentes do Aquífero Guarani. Foto: Zenaide Teles.

Conforme os alunos percorreram o trajeto conhecendo os sítios naturais, os monitores explicavam os aspectos científicos por trás da Geodiversidade. Foram abordados diversos temas de forma interdisciplinar integrando o conhecimento do meio natural. Entre eles, a formação das rochas e cavernas, a evolução do relevo, a arqueologia e também os impactos ambientais.

Alunos observam vestígios pré-históricos em caverna do município de Analândia.
Alunos observam vestígios pré-históricos em caverna do município de Analândia. Foto: Zenaide Teles.

As atividades de campo foram muito proveitosas para os participantes que relataram ter sido uma experiência única. Muitos dos alunos tiveram a oportunidade de conhecer uma caverna pela primeira vez. Para outros, foi o primeiro contato com uma região de Geoconservação como o Geopark Corumbataí. A equipe do Geopark ficou muito satisfeita com a realização dos trabalhos. Além de apoiar a realização do roteiro geocientífico, o Geopark fomenta o desenvolvimento sustentável na região. A passagem do grupo gerou renda aos negócios locais como restaurantes e operadores turísticos, aquecendo a economia dos municípios.

Geopark Corumbataí participa do Fórum em Defesa do Rio Corumbataí

Fala inicial do evento

Dia 25 de outubro equipe do Geopark Corumbataí participou da reunião do Fórum Regional Permanente em Defesa do Rio Corumbataí.

A reunião ocorreu na Câmara Municipal de Corumbataí e reuniu membros do poder público e instituições ligadas ao meio ambiente. O Fórum Regional Permanente em Defesa do Rio Corumbataí foi criado em 2004. Tem por objetivo reunir lideranças das cidades da Bacia do Rio Corumbataí, em prol da recuperação, preservação e promoção ambiental.

Fala do Prof. Dr. José Alexandre Perinotto, diretor do IGCE Unesp

Convidado à mesa de honra do evento, o diretor do IGCE UNESP Rio Claro, José Alexandre Perinotto, expôs em sua fala, a importância dos investimentos nas universidades estaduais. Outros membros da mesa, como o vereador Leandro Santarpio de Analândia e a vereadora Bete do Broa de Itirapina, aproveitaram suas falas para reafirmar a importância que do Projeto Geopark Corumbataí na conservação dos recursos hídricos da Bacia do Rio Corumbataí.

Em um segundo momento, os servidores municipais, a bióloga Lucilene de Aquino e o engenheiro Felipe G. E., fizeram uma apresentação sobre a Qualidade Ambiental do Município de Corumbataí – SP.

apresentação dos servidores Lucilene e Felipe à respeito da Qualidade Ambiental do Município de Corumbataí - SP

O saldo da participação da equipe da UNESP foi muito positiva para o Projeto Geopark Corumbataí. Durante o evento, a equipe pode conversar com representantes de diversas instituições e municípios interessados nas atividades do Geopark. Este diálogo permitiu a integração entre os projeto de conservação ambiental em andamento na região, além de estimular cooperações e parcerias.

Ao final do Fórum, o presidente da câmara de Corumbataí, vereador Nildo, ressaltou a importância da reunião e agradeceu a grande participação do público que lotou o salão da câmara. A próxima reunião do Fórum Regional Permanente em Defesa do Rio Corumbataí foi marcada para o dia 29 de novembro e ocorrerá na cidade de Rio Claro.

UNESP apresenta trabalho sobre fósseis em Rio Claro

O local possui alto potencial de uso didático e acessibilidade para visitantes

Graduanda da Geologia UNESP Rio Claro apresentou trabalho sobre geossítio de alto valor didático na região de Rio Claro. A apresentação do pôster foi realizada em Simpósio de Patrimônio Geológico ocorrido em Ponta Grossa – PR. Diversos alunos e pesquisadores de universidades do Brasil e de Portugal compareceram à apresentação do trabalho.

Aluna apresenta o trabalho para diversas pessoas
O Trabalho foi muito procurado pelos presentes no evento

O trabalho foi resultado de um importante achado paleontológico no município de Rio Claro. O fóssil, também chamado de coquina, é composto por conchas que permitem interpretar informações sobre o passado da Terra. Seu estudo indica que durante o período geológico Permiano (aprox. 275 Milhões de anos atrás), havia um mar na região onde hoje fica o município de Rio Claro. Outro destaque do local é a facilidade de acesso. O sítio pode ser visitado por alunos das escolas e universidades locais, inclusive sendo acessível para pessoas com mobilidade reduzida, o que mostra o potencial inclusivo do sítio.

Apesar da fragilidade deste notável patrimônio paleontológico, um projeto está buscando alternativas para conservação da coquina, que ocorre em uma pequena área de um empreendimento. Os autores consideram que a Geoconservação pode ser feita sem prejudicar o desenvolvimento socioeconômico local, inclusive valorizando o entorno.

Aluna apresenta para o Prof. José Brilha de Portugal
O Prof. José Brilha da Universidade do Minho (Portugal), grande referência para a realização do trabalho, foi um dos participantes que prestigiaram a apresentação

O geossítio estudado faz parte dos pontos de interesse do Projeto Geopark Corumbataí. Trata-se de um interessante elemento da Geodiversidade da região com diversos valores associados. Futuramente novos estudos podem ser realizados no local, contribuindo com o desenvolvimento da ciência e da educação em Rio Claro.

Clique aqui para acessar o trabalho apresentado.