Ingressantes da UNESP fazem roteiro no Geopark Corumbataí

Roteiro percorrido conta com sítios da geodiversidade que representam mais de 100 milhões de anos da evolução geológica da região.
Ingressantes se preparam para iniciar a subida da Serra do Fazendão
Ingressantes se preparam para iniciar a subida da Serra do Fazendão

 

No dia 6 de março, os ingressantes do curso de Geologia da UNESP Rio Claro tiveram a oportunidade de conhecer um roteiro no Geopark Corumbataí. A tradicional atividade faz parte da programação de recepção dos calouros. Durante o dia de campo, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a diversidade natural da região e aprender técnicas básicas de geologia. A atividade foi organizada pelo PET Geologia, EGRIC e pelo Prof. Dr. Washington Barbosa e contou com a participação do geólogo André Kolya do Projeto Geopark Corumbataí.

 

Percurso do tradicional campo de recepção dos ingressantes do curso de Geologia da UNESP Rio Claro
Percurso do tradicional campo de recepção dos ingressantes do curso de Geologia da UNESP Rio Claro

 

O roteiro foi realizado na Serra do Fazendão, localizada entre os municípios de Charqueada, Itirapina e Ipeúna. Esta região conta com uma grande diversidade de elementos do patrimônio natural. Por este motivo, é o local escolhido para esta tradicional atividade, bem como diversos outros campos dos cursos da UNESP. Ao longo de cerca de 10 quilômetros de trilha, o grupo observou rochas, mirantes, rios e cavidades representantes da Geodiversidade da região.

 

A Serra do Fazendão, que foi percorrida pelos ingressantes do curso de Geologia da UNESP Rio Claro
A Serra do Fazendão, que foi percorrida pelos ingressantes do curso de Geologia da UNESP Rio Claro

 

Logo no início da trilha os participantes puderam analisar arenitos da Formação Pirambóia, rocha que possui grande importância por armazenar a água do Sistema Aquífero Guarani (SAG). Durante a subida da serra, os participantes cruzaram com blocos e soleiras de rochas magmáticas da Formação Serra Geral, a mesma que dá origem ao solo “terra roxa”.

 

Alunos examinam depósito de blocos de rochas básicas da Formação Serra Geral
Alunos examinam depósito de blocos de rochas básicas da Formação Serra Geral

 

No alto da serra, o grupo observou 2 importantes afloramentos localizados próximos porém com rochas de origem e idade diferentes. O primeiro foi um afloramento de conglomerados e lateritas da Formação Itaqueri. Já, o segundo, exibia rochas do derrame basáltico da Formação Serra Geral com belas estruturas de disjunção colunar.

 

Afloramento de rochas básicas (basalto) da Formação Serra Geral com estrutura colunar
Afloramento de rochas básicas (basalto) da Formação Serra Geral com estrutura colunar

 

 “É incrível o tanto de informações sobre o passado que podemos obter observando as rochas e suas estruturas.” – Observação de um ingressante durante o percurso

 

Em seguida, o grupo iniciou a trilha que dá acesso à maior gruta da região, formada em arenitos da Formação Botucatu. Apesar da dificuldade da trilha, todos os participantes conseguiram chegar até a gruta. Durante o caminhamento, os alunos puderam observar belas quedas d’água e afloramentos. Os arenitos da Formação Botucatu, foram formados em um antigo deserto que ocupou a região durante a Era Mesozoica, e antes do derrame basáltico da Formação Serra Geral (relacionado à separação dos continentes sul-americano e africano). Curiosamente, assim como as rochas da Formação Pirambóia, atualmente esse antigo deserto também armazena água do SAG.

 

Pausa para o lanche na entrada da Gruta do Fazendão
Pausa para o lanche na entrada da Gruta do Fazendão

 

Depois da visita à gruta, os alunos iniciaram o retorno para o ponto de encontro. Ainda na descida da serra, o grupo pode contemplar um dos mais belos mirantes da região. Do local, é possível avistar os principais morros testemunhos de Ipeúna. O dia terminou com todos muito cansados no retorno à Rio Claro, porém iniciados na arte dos trabalhos de campo geológicos!

 

Parte da vista do mirante no retorno para o ponto de encontro, de onde pode-se observar o Morro do Baú
Parte da vista do mirante no retorno para o ponto de encontro, de onde pode-se observar o Morro do Baú

 

Assim, a equipe do Projeto Geopark Corumbataí deseja muito sucesso a todos os ingressantes nessa caminhada! Estamos à disposição para esclarecimentos e sugestões a respeito do Geopark Corumbataí e sua Geodiversidade. Um bom ano letivo a todos 🙂

 

O grupo se reúne para uma fotografia ao final da atividade
O grupo se reúne para uma fotografia ao final da atividade

 

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