II Simpósio do Geoparque Corumbataí recebe pré-lançamento de livro sobre conchas fósseis de Corumbataí

A cidade de Limeira recebe o pré-lançamento do primeiro livro infantojuvenil sobre conchas fósseis encontradas em Corumbataí, município pertencente à região turística da Serra de Itaqueri e também localizado no território do Geoparque Corumbataí. A obra é intitulada “As aventuras da Peixinha Tatá: Procurando as conchas fósseis de Corumbataí”, de autoria de Aline Camilla, 37, e Sílvio Mattos, 62, com ilustrações de Sérgio Esteves e consultoria geológica de André Kolya e Mariselma Ferreira Zaine.

O pré-lançamento do livro indicado para crianças de 7 a 12 anos, ocorre na sexta-feira, 30 de agosto, das 9h às 17h, durante o “II Simpósio dos Municípios da Bacia do Rio Corumbataí para criação de Geoparque”, no Auditório UL12 da Faculdade de Ciências Aplicadas (Unicamp de Limeira), localizada à Rua Pedro Zaccaria, nº 1300, no Jardim Santa Luiza. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas por meio do link https://forms.gle/FN6VFgS2x2uKpyZR9.

 

 

De acordo com a bióloga e paleontóloga Mariselma, as conchas fósseis pertencem à “classe bivalves do filo moluscos”, ou seja, esses animais possuem o corpo protegido por conchas que têm duas valvas, como as conchas atuais, e sua ocorrência no local comprova que ali era um ambiente marinho raso há cerca de 250 milhões de anos, no Período Permiano. “Essas conchas são preservadas, predominantemente, por silicificação, ou seja, o material originalmente de carbonato de cálcio foi substituído por sílica. Outro processo de fossilização é na forma de moldes da concha”, explica. 

Segundo a escritora do livro, Aline Camilla, que é graduada em Matemática, especialista em Docência do Ensino Superior e atuante na área de Marketing Digital, ela e o namorado, Sílvio Mattos, empresário e especialista em segurança patrimonial, já vinham realizando várias ações com o objetivo de fomentar o turismo em Corumbataí (SP), até que conheceram, na 8ª edição da Caravana Geopark Corumbataí, em Piracicaba, em novembro de 2018, durante apresentações do Grupo de Trabalho (GT) do Projeto Geopark Corumbataí, formado por pesquisadores da UNICAMP de Limeira (FCA) e UNESP Rio Claro, uma iniciativa que visa implementar um Geoparque no território da Bacia do Rio Corumbataí. 

“Na história, o Sr. Mattos é um paleontólogo que vai a Corumbataí em busca das conchas fósseis, enquanto que sua peixinha, Tatá, vai ao município para encontrar sua família, porque sua única lembrança é que seus tataravós inspiraram o criador da bandeira de Corumbataí”, conta a escritora.

Ainda segundo a autora, o geólogo André Kolya deu todo o suporte para a construção do enredo. “O André nos orientou sobre o caminho a ser percorrido na trilha traçada pela Tatá na história, e também se tornou um personagem do livro. Assim, abordamos a relação com o ciclismo, outro projeto nosso, pois apresentamos a ideia de usar bicicletas para poder fazer a busca pelas conchinhas, em uma trilha que começa na mata da Unesp, passa pela estrada Boiadeira, que é bem conhecida aqui”, resume Aline, que também é presidente do Conselho Municipal de Turismo de Corumbataí (Comtur) desde outubro de 2017.

A ideia do exemplar surgiu após a elaboração do projeto “Turismo na Escola”, por meio do qual professores da Rede Municipal e Estadual de Corumbataí foram capacitados pela Prof.ª Luciana Cordeiro de Souza, da Faculdade de Ciências Aplicadas (Unicamp de Limeira), também autora da coleção de livros infantis “Clara: uma gotinha d’água” apresentadas a todos, e que também inspirou a elaboração deste livro, a Profª. Dra. Mariselma e o Mestre André Kolya, juntamente com o Luiz Sertório Teixeira, Coordenador da APA Corumbataí, para que pudessem trabalhar sobre a parte turística do Geoparque.

“Em meio a isso, a gente ficou pensando alguma forma de fazer este trabalho dos professores se tornar um pouco mais interessante e lúdico. Em uma das visitas que fiz ao produtor de vinhos e licores artesanais, Geraldo Canhoni, em Corumbataí, que também se tornou um personagem do livro, fiquei sabendo que aqui no município tinha conchas fósseis, conchas petrificadas. Sendo assim, conversando com o geólogo e pós-graduado da Unesp de Rio Claro, André Kolya, e a bióloga Mariselma Ferreira Zaine, eles me passaram várias informações. Numa conversa com um amigo, Sérgio Esteves, que se tornou o ilustrador do livro, enxergamos a possibilidade de criar um produto sobre as conchas. A partir deste momento foram surgindo ideias nas quais estamos trabalhando, como produção artesanal de pães e doces, artesanato e outros materiais relacionados às conchas, até que surgiu a ideia de escrevermos um livro sobre o tema, porque não é comum falar de geologia para as crianças, e ainda mais da maneira como colocamos no livro”, lembra Aline Camilla. 

Sílvio Mattos, também escritor do livro e membro do Comtur de Corumbataí desde maio de 2018, tem trabalhado em prol do desenvolvimento do turismo no município, juntamente com Aline. “Apesar de ser nascido em Campinas, minha família é de Corumbataí e eu moro aqui há mais de 30 anos. A partir do momento em que tivemos contato com o Grupo de Trabalho do Projeto Geopark Corumbataí descobrimos a importância geológica que possuem estas conchas existentes em Corumbataí. Apesar de elas serem encontradas em diversos lugares aqui no município, muitas pessoas não conhecem a importância delas, o que torna a história do livro ainda mais relevante para ser contada”, diz.

 

Os autores do livro “As aventuras da Peixinha Tatá: Procurando as conchas fósseis de Corumbataí”, Aline Camilla e Sílvio Mattos

 

 

Para Aline Camilla, o processo de escrita não foi complicado, apesar de ela e Sílvio Mattos não serem geólogos. “Depois que a gente definiu qual ia ser o trajeto e os assuntos sobre os quais íamos discutir, fizemos um esqueleto para ter um norte. Fomos até os locais para podermos falar com propriedade sobre o que tinha ali. As informações geológicas que não conseguíamos entender, perguntávamos para o André Kolya. A escrita do livro em si foi feita em dois dias, no começo de junho. Em seguida, foram realizadas algumas adaptações depois da correção”, expõe.

O livro “As aventuras da Peixinha Tatá: Procurando as conchas fósseis de Corumbataí” tem a correção e revisão da Profª. Dra. Mariselma Zaine e do geólogo André Kolya. “Com as exceções da peixinha que fala com os humanos e os humanos que falam com a ‘peixa’, como o Mattos ser paleontólogo, todo o restante da história é real. Estamos bem integrados, tentando ajudar da melhor maneira possível para que o objetivo do Geoparque Corumbataí realmente venha se concretizar e para que se torne um território reconhecido pela Unesco”, finaliza Aline. 

II Simpósio sobre Geopark Corumbataí acontece neste mês de Agosto; confira a programação e inscreva-se!

O “II Simpósio dos Municípios da Bacia do Rio Corumbataí para criação de Geoparque” acontece na sexta-feira, 30 de agosto, das 9h às 17h, no Auditório UL12 da Faculdade de Ciências Aplicadas (Unicamp de Limeira), localizada à Rua Pedro Zaccaria, nº 1300, no Jardim Santa Luiza. A entrada é gratuita e aberta ao público. Aos inscritos que comparecerem será fornecido Certificado.

O Projeto Geopark Corumbataí é uma iniciativa que visa implementar um Geoparque no território da Bacia do Rio Corumbataí, do qual fazem parte os municípios de Analândia, Charqueada, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Piracicaba, Rio Claro e Santa Gertrudes. Após sua implantação, a próxima etapa é buscar a certificação Geopark da Unesco. “Um Geoparque só existe se naquele território tiver pessoas com cultura e identidade. Para a implementação do Geoparque não é preciso criar novas leis. As leis que já existem continuam a vigorar normalmente”, explica a professora de Direito da Unicamp, Luciana Cordeiro de Souza Fernandes.

Este segundo simpósio tem o compromisso de dar continuidade às atividades realizadas junto aos oito municípios da Bacia do Corumbataí para a implementação do Geopark UNESCO neste território da Bacia. A programação pode ser encontrada no site https://geoparkcorumbatai.com.br/ ou na página do evento no Facebook. As inscrições podem ser feitas por meio do link: https://forms.gle/FN6VFgS2x2uKpyZR9.

Entre os palestrantes, haverá a presença do representante do Araripe Geopark UNESCO, único Geopark brasileiro já certificado pela UNESCO, localizado no estado do Ceará, sendo que atualmente há 147 Geoparks no mundo, distribuídos em 41 países.

O “II Simpósio dos Municípios da Bacia do Rio Corumbataí para criação de Geoparque” é promovido pela Faculdade de Ciências Aplicadas – FCA (Unicamp de Limeira) e Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE, Campus de Rio Claro da Universidade Estadual Paulista – UNESP e tem o apoio do Programa de Pós Graduação em Ensino e História das Ciências da Terra (PEHCT), do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, com o Grupo de Pesquisa CNPQ Aquageo Ambiente Legal, e Consórcio PCJ.

Para este evento foram convidados os Prefeitos e Vereadores dos oito municípios da Bacia, Deputados Estaduais e Federais, Secretários Municipais e de Estado, Membros das Comunidades Acadêmicas das universidades UNESP, UNICAMP e USP, Associações e Entidades de Classe e Profissionais, ONGs, Clubes de Serviço, Empresas diversas com sede e desenvolvimento de atividades na região.

Outras informações sobre o Projeto Geopark podem ser obtidas por meio do e-mail: geoparkcorumbatai@gmail.com ou pelo número de whatsapp (19) 9 9287-9849.

Acompanhe abaixo a programação completa do evento:

NathalieGallo – Jornalista
MTB 0082608/SP

(19) 9 9741-6195

(19) 9 9287-9849 (WhatsAPP)

ngallo.mestranda@gmail.com

https://geoparkcorumbatai.com.br/

Filmagem marca 8ª edição da Caravana Geopark Corumbataí

A 8ª reunião da Caravana Geoparque Corumbataí ocorreu no município de Piracicaba e foi realizada em 27 de novembro de 2018, às 19h, no Anfiteatro da Biblioteca Municipal Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, localizado à Rua Saldanha Marinho, nº 333, no Centro de Piracicaba.

Na ocasião, estiveram presentes várias autoridades, entre elas, o Prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, o secretário de Defesa do Meio Ambiente da Prefeitura de Piracicaba, José Otávio Mentem, membros do Grupo de Trabalho (GT) do Projeto Geopark Corumbataí, e estudantes de graduação e pós-graduação das universidades Unesp e Unicamp.

Como nas outras edições, ocorreram as exposições dos integrantes do GT.

Entre as explanações, a apresentada pelo professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Paulista (UNESP) de Rio Claro, José Eduardo Zaine, intitulada ‘Patrimônio Geológico: Potencial e base para criação do Geoparque Corumbataí, SP’. Nela o geólogo e professor Zaine comentou, inicialmente, sobre o salvamento de uma coquina (um tipo de concha fóssil), realizado na porção norte da cidade de Rio Claro, entre o Distrito Industrial e o bairro Santa Clara II, realizado sob o acompanhamento de profissionais da área de Geologia, em abril de 2018. Trata-se de uma grande descoberta na Bacia do Rio Corumbataí, em Rio Claro, região que também faz parte do Projeto Geopark Corumbataí, como pode ser lido com mais detalhes por meio do endereço: https://geoparkcorumbatai.com.br/2018/06/.

Confira abaixo o vídeo com as explicações do geólogo José Eduardo Zaine sobre a região da Bacia do Corumbataí, sob o ponto de vista geológico e arqueológico na última edição desta Caravana do Projeto Geopark Corumbataí.

A outra palestra desta última edição da Caravana foi feita pela professora de Direito da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Luciana Cordeiro de Souza Fernandes, chamada ‘Geoparque: instrumento para promoção do desenvolvimento socioeconômico regional’, como pode ser conferido na filmagem a seguir.

A noite foi marcada por muitas perguntas, dúvidas, questionamentos e argumentos.

O secretário de Defesa do Meio Ambiente da Prefeitura de Piracicaba, José Otávio Mentem, enxergou a proposta de um Geoparque na Bacia do Corumbataí como um grande projeto generalista, em vista de terem sido apontados na oportunidade diversificados aspectos sociais, ambientais e turísticos.

Um diferencial nesta última fase da Caravana foi a escolha por parte do GT de gravar as exposições dos representantes da equipe, o que evidencia um registro do evento, e marca o encerramento da primeira etapa de uma Caravana itinerante nas oito cidades do território, feita pelo Projeto Geoparque Corumbataí. A Caravana do Projeto Geopark Corumbataí não possui o objetivo de ser finalizada, pois a refere-se apenas ao início dos trabalhos que ainda serão desenvolvidos no território da Bacia do Rio Corumbataí, além de ser um importante meio de comunicação e estratégia de divulgação desta iniciativa.

A próxima etapa se baseia no preenchimento dos formulários de cadastro de pontos de interesse para o futuro Geoparque Corumbataí, como também a formação de um Grupo de Trabalho para figurar como interlocutor entre os demais municípios e a equipe do Projeto Geoparque Corumbataí. Com o final das visitas em todas as cidades localizadas no território da Bacia do Rio Corumbataí será finalizado um inventário do patrimônio da Bacia do Corumbataí, e realizado um evento com todos os municípios, na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (FCA), em Limeira.

Confira a seguir a última filmagem do evento, na qual o diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp de Rio Claro, Prof. José Alexandre Perinotto, diz sobre a importância da realização de um inventário com o objetivo de levantar quais são as áreas que possuem potencialidades geológicas, culturais, turísticas, cênicas, arqueológicas, entre outras, que existem na região de Piracicaba. Tal levantamento deve ser feito pela própria comunidade local e/ou regional.

O formulário também pode ser encontrado no seguinte endereço eletrônico:
https://geoparkcorumbatai.com.br/publicacoes/formulario-de-cadastro-de-pontos/ e preenchido por moradores, trabalhadores e empreendedores das cidades de Analândia, Charqueada, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Rio Claro, Santa Gertrudes e Piracicaba.

Nathalie Gallo – Jornalista
MTB – 0082608/SP
(19) 9 9741-6195
E-mails: n209462@dac.unicamp.br / ngallo.mestranda@gmail.com
PROJETO GEOPARK CORUMBATAÍ
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS – IG
Mestranda em Ensino e História de Ciências da Terra

Projeto de Extensão do Geopark participa de programação voltada à 3ª idade em Corumbataí

Projeto de Extensão do Geopark participa de programação voltada à 3ª idade em Corumbataí

Representantes do Projeto de Extensão desenvolvido por estudantes da Faculdade de Ciências Aplicadas – FCA (Unicamp de Limeira) e Faculdade de Tecnologia – FT que pertencem ao escopo do Projeto Geopark Corumbataí estiveram no município de Corumbataí (SP) na quarta-feira, 17 de outubro, para conversa com munícipes da terceira idade e participação na programação destinada a este público e que ocorre todas as terças-feiras.

Selo de identificação da cidade de Corumbataí

Selo de identificação do Projeto Geoopark Corumbataí

Na oportunidade, a professora de Direito, Luciana Cordeiro de Souza Fernandes, da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp de Limeira (FCA) e os alunos, Cinthia Zacarão, Levi Batista Júnior, Leonardo Rizzatti, também da FCA, e a aluna Priscila Camelo, da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, participaram do Bingo Beneficente, no qual é servido um delicioso lanche da tarde, promovido pelo Fundo Social de Solidariedade de Corumbataí e capitaneado pela primeira dama do município, Cátia Cristina Martinez, que acolheu a equipe do Projeto.

Aluno Levi Batista; Profª Luciana Cordeiro; aluna Priscila Camelo, aluno Leonardo Rizzatti – Foto: Cinthia Zacarão

“Agradecemos à Primeira Dama, Cátia, por nos receber e à equipe do Fundo Social de Solidariedade pelos deliciosos quitutes que pudemos provar, bem como pelo incrível pão caseiro que é vendido ao final do encontro, e que pode se tornar um “Geoproduto” do futuro Geopark Corumbataí, com o selo local”, diz a professora de Direito da FCA, Luciana Cordeiro de Souza Fernandes.

Delicioso pão caseiro (Geoproduto) – Créditos: Cinthia Zacarão

A tarde foi permeada por ‘contação de memórias’, de maneira que cada membro da comunidade pôde recordar episódios de sua história de vida e contar suas lembranças. A equipe ouviu muitos relatos sobre o amor por Corumbataí e a importância da cidade em suas vidas. “Pudemos constatar que este encontro semanal se reveste de um momento de grande descontração e alegria, favorecendo o contato entre todos e trazendo mais vitalidade aos idosos”, enfatiza Luciana.

Apesar da maioria do público presente não se sentir à vontade diante das câmeras, foram gravados os depoimentos das encantadoras senhoras corumbataienses, Danzila Gagliardo e Aurea Zaine.

Depoimento das senhoras Aurea Zaine e Danzila Gagliardo – Foto: Cinthia Zacarão

Geoproduto

“Geoproduto” é o nome que se dá aos produtos culturais que são produzidos em um território de Geoparque. Eles podem ser da área de artesanato ou culinária e até de festas populares. Segundo Degrandi, S. et al, (2018) estes produtos representam um modo de possibilitar a difusão e valorização da cultura de um determinado território e promover o desenvolvimento local, a conservação do patrimônio geológico local e da região. Além disso, a produção e venda destes Geoprodutos é um meio de gerar emprego e renda para a comunidade.

Referência

Degrandi, S. (UFSM) ; Ziemann, D. (UFSM) ; Cechin, D. (UFSM) ; Figueiró, A. (UFSM). Geoprodutos: Estratégia para valorização e promoção da geodiversidade, 2018. Disponível em: http://www.sinageo.org.br/2018/trabalhos/5/5-424-2204.html

Grupo de Trabalho da Caravana Geopark Corumbataí visita Santa Gertrudes

A Caravana Geopark Corumbataí visitou a cidade de Santa Gertrudes nesta última quinta-feira, 9 de agosto. O sexto encontro aconteceu às 19h, no Centro Cultural Isidoro Demarchi (Rua 1, nº 790 – Centro). Até agora ocorreram reuniões em Analândia, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina e Rio Claro. Ainda faltam Charqueada e Piracicaba.

Entre os objetivos de cada edição, em cada cidade, é apresentar o Projeto Geoparque Corumbataí, uma iniciativa que visa implementar um Geoparque no território da Bacia do Rio Corumbataí, do qual fazem parte oito municípios. Após sua implantação, a próxima etapa é buscar a certificação Geopark da Unesco.

Nesta sexta etapa, participaram o diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp de Rio Claro, José Alexandre Perinotto, a professora de direito da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (FCA), Luciana Cordeiro de Souza Fernandes, o professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Paulista (UNESP) de Rio Claro, José Eduardo Zaine, a bióloga Mariselma Zaine, o vereador Levy Xavier, representantes da Secretaria de Cultura, Turismo e Lazer de Santa Gertrudes, mestrandos e doutorandos da Universidade Paulista (Unesp de Rio Claro) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e o secretário municipal de obras, Paulo Fernando de Mello Dikerts Filho. “Não tínhamos conhecimento profundo sobre o que se tratava o Geoparque. Agora vemos que até propriedades particulares, por exemplo, podem participar do projeto. Queremos deixar nosso agradecimento ao Grupo de trabalho (GT), marcar mais encontros e reuniões com o Prefeito Rogério Pascon. Não temos pressa, vamos fazer acontecer e estou à disposição para darmos andamento ao Projeto Geopark Corumbataí”, disse o secretário.

Na oportunidade, o assessor de cultura, Bruno Daniel Delconte, apresentou o vídeo produzido pela estagiária em Turismo da Prefeitura de Santa Gertrudes, e também estudante do 8º semestre do curso de Turismo, Camila da Silva Dias, que aborda os aspectos históricos e turísticos do município, que englobam Atrativos Culturais, Atrativos Industriais, Turismo Rural, Lazer e Turismo de Negócios e Eventos, em Santa Gertrudes. Entre eles, Delconte destacou a Fazenda Santa Gertrudes, o Encontro Internacional de Fornecedores da Indústria de Cerâmica, pista de skate, academias ao ar livre, pesqueiro Paraíso, Lago Municipal – Centro, Lago Municipal – Jequitibá, Companhia Cabloca Ventura, Escola Municipal de Dança “Elizandra Belotto”, Corporação Musical Augusto Trambaiolli, Projeto Guri, que possui cursos de violão, violino, viola clássica, canto coral, entre outros.  “A proposta é fazer com que Santa Gertrudes, que é conhecida como o polo da cerâmica, se torne um município turístico. Estamos reativando o Conselho Municipal do Turismo (Comtur). Também estamos contatando empresas para que participem promovendo visitas, como em indústrias de vasos e revestimentos cerâmicos, e tivemos respostas positivas”, enfatizou.

Para o vereador Levy Xavier, o Projeto Geopark Corumbataí traz um grande desenvolvimento econômico para o município. “Precisamos de orientação de como explorar tudo isso. Vamos ter oito municípios com o mesmo objetivo e isso é muito rico. Quando temos união, tudo fica mais fácil. Hoje temos aqui em Santa Gertrudes muita cerâmica de vasos. Se virar um negócio turístico, vamos explorar a cerâmica de outras formas. Vejo o lado da cerâmica para produção de lembrancinhas, por exemplo. E nós temos muitas outras coisas com potencial turístico. Não podemos limitar nossos recursos, e devemos reconhecer que nosso município possui uma cultura rica, que veio de vários povos”.

Durante a mesma noite, aconteceram três palestras. O professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Paulista (UNESP) de Rio Claro, José Eduardo Zaine, explanou sobre “Patrimônio Geológico: Potencial e base para criação do Geoparque Corumbataí, SP”. “Este será o primeiro Geoparque do mundo localizado em território de Bacia Hidrográfica”, frisou.

A professora de direito da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (FCA), Luciana Cordeiro de Souza Fernandes discorreu sobre o Geoparque como instrumento para promoção do desenvolvimento socioeconômico regional através do despertar local. “Um território só pode se tornar um Geoparque se temos povo e riqueza geológica. Especificamente com relação ao Geoparque Corumbataí, essa somatória é fundamental para associar os oito municípios e conseguir algo novo como modelo social e econômico sustentável, proporcionando o resgate da história de cada município e tendo a água como fonte de vida que une as oito cidades”, relatou.

O diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp de Rio Claro, José Alexandre Perinotto, contou que o Projeto Geopark Corumbataí é fruto de uma parceria entre o grupo PCJ, Unesp e Unicamp. “Estamos seguindo com essa empreitada, porém, sem a representação das cidades, o Geoparque não existe. Mas com a participação do cidadão, o respeito às diferenças culturais, o planejamento territorial e a proteção do meio ambiente, o Geoparque é uma ótima opção, uma vez que promove o desenvolvimento socioeconômico, a sustentabilidade natural e o resgate, a valorização e a preservação da cultura regional”, pontuou.

Para a estagiária em Turismo da Prefeitura de Santa Gertrudes, e estudante do 8º semestre do curso de Turismo, Camila da Silva Dias, 22, o Geoparque é importante para o desenvolvimento do turismo no município de Santa Gertrudes. “Estamos querendo promover o turismo e provar isso, com nossas potencialidades. Seria importante que mais munícipes estivessem presentes em eventos como este, para conhecerem sobre o assunto e saberem como funciona o turismo”, comentou.

Ao final da reunião a equipe de Trabalho do Projeto Geopark Corumbataí pediu aos representantes da Prefeitura de Santa Gertrudes que gerencie o preenchimento das fichas de cadastro de pontos de interesse para o futuro Geoparque e suscitou a formação de um Grupo de Trabalho para figurar como interlocutor entre os demais municípios e a equipe do Projeto. Após as visitas em todas as cidades localizadas no território da Bacia do Rio Corumbataí será finalizado um inventário do patrimônio da Bacia e realizado um evento com todos os municípios na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (FCA), em Limeira.

 

Nathalie Gallo – Jornalista

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E-mails: n209462@dac.unicamp.br / ngallo.mestranda@gmail.com
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