Comemore o Dia da Geodiversidade no Geoparque Corumbataí

Comemore o Dia da Geodiversidade no Geoparque Corumbataí

Em 2021 a Conferência Geral da UNESCO aprovou a criação Dia Internacional da Geodiversidade como uma data para refletir e comemorar o papel da Geodiversidade no desenvolvimento das sociedades.

Agora, em 2022 será a 1ª comemoração oficial do Dia Internacional da Geodiversidade e, claro, o Geoparque Corumbataí não poderia ficar de fora!

Para que você possa comemorar com a gente, vamos participar de uma caminhada pela Serra de Itaqueri, em parceria com a agência de ecoturismo Nas Nuvens.

O Roteiro

O roteiro contempla cerca de 10 km de caminhada pela famosa trilha “Véia do Queijo”, acompanhada de muita informação sobre a Geodiversidade e o Geopatrimônio do nosso território. Após a caminhada, seguimos para o distrito de Itaqueri da Serra, um local que parece ter parado no tempo. Lá teremos tempo livre para almoço no restaurante Ulisses Cozinha Caipira. Após o almoço, faremos uma caminhada percorrendo as ruas de Itaqueri visitando a casa onde Ulisses Guimaraes morou durante a sua infância, a figueira bicentenária e a igreja de Nossa Senhora da Conceição.

Para se inscrever, entre em contato pelo telefone/WhatsApp (19) 98127-8879 ou pelo e-mail contato@nasnuvensturismo.com.br. Para mais informações, acesse o site da agência clicando aqui.

Para conhecer mais sobre o Dia Internacional do Geoturismo ou para ver os diversos eventos que acontecerão em todo o mundo, acesse o site oficial clicando aqui.

Geoparque promove evento para discutir a Geoconservação no território

IX GEO Políticas: mineração, petróleo e geoconservação

O GEO Políticas é um evento realizado pelas entidades de Geologia no Brasil, sempre organizado em diferentes estados, com objetivo de discutir políticas públicas na área de Geologia, Engenharia e Geociências. 

Esta edição irá tratar sobre os setores de mineração, petróleo e gás e seus papeis na conservação e proteção do patrimônio geológico, com foco para com projetos de geoparques em desenvolvimento, discutindo exemplos de atividades destes setores e a geoconservação.

Nos dias 28 e 29/06/2022 o evento ocorrerá de forma presencial no auditório do IGCE/UNESP em Rio Claro (SP) e no dia 30/06/2022 no auditório do Clube de Engenharia no Rio de Janeiro (RJ).

Uma realização da APG-SP em parceria com a FEBRAGEO e APG-RJ, com patrocínio master do CONFEA.

GEO-Caminhada e Live marcam o GEODIA no Geoparque Corumbataí

GEO-Caminhada e Live marcam o GEODIA no Geoparque Corumbataí

Neste sábado, 30 de abril de 2022, o Projeto Geoparque Corumbataí contribuiu com duas atividades no GEODIA 2022. Inicialmente, às 8h00 fizemos uma caminhada pela região do Parque Municipal Lago Azul, em Rio Claro. Em seguida, às 10h00, o Prof. Dr. Alexandre Perinotto, proferiu uma palestra em Live pelo canal no YouTube da Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo).

Participantes da caminhada do GEODIA 2022 posam para foto em frente ao lago formado pelas nascentes do Córrego da Servidão, um dos principais cursos d'água do município de Rio Claro.
Participantes da caminhada do GEODIA 2022 posam para foto em frente ao lago formado pelas nascentes do Córrego da Servidão, um dos principais cursos d’água do município de Rio Claro.

Durante a caminhada, os participantes puderam conhecer como as rochas do território do Geoparque Corumbataí são usadas no desenvolvimento da cidade. Além disso, o grupo também conversou sobre os Aquíferos da região e sobre os rios de Rio Claro, em especial o Córrego da Servidão, cujas nascentes ficam justamente na área do Parque Lago Azul.

Geólogo André Kolya, da equipe do Projeto Geoparque Corumbataí, mostrando para os participantes onde estão as rochas observadas durante a caminhada.

Por fim, a equipe do Projeto conversou com os presentes sobre Geodiversidade, Geopatrimônio e Geoconservação, explicando mais sobre o conceito de Geoparques.

Em continuidade, a palestra proferida pelo Prof. Perinotto, fez uma verdadeira viagem no tempo e no espaço pela Geologia do estado de São Paulo. Na Live, promovida pela Febrageo, o Prof. destacou a Geodiversidade que está registrada no território do Projeto Geoparque Corumbataí.

As duas atividades proporcionaram aos participantes um vasto conhecimento sobre a Geodiversidade do território Corumbataí, desde a história natural até a relação entre a Geologia e sociedade. O evento também foi muito importante para divulgar o Projeto Geoparque Corumbataí para a comunidade. Assim, o projeto conta com cada vez mais apoiadores e parceiros!

A equipe do Projeto agradece à Associação Brasileira de Defesa do Patrimônio Geológico e Mineiro, ao Serviço Geológico do Brasil, à Sociedade Brasileira de Geologia e à Febrageo pela organização e apoio em mais esse GEODIA. Agradecemos ainda mais a todas as pessoas que prestigiaram nosso evento! Até 2023!

Geoparque Corumbataí colabora com planejamento estratégico da Região Turística Serra de Itaqueri

Geoparque Corumbataí colabora com planejamento estratégico da Região Turística Serra de Itaqueri

Na quinta-feira, dia 28 de abril de 2022, a equipe do Projeto Geoparque Corumbataí esteve presente na reunião da Região Turística Serra do Itaqueri, Governança Regional, que congrega pessoas e organizações da iniciativa privada (Associação Serra do Itaqueri) e do poder público.

A antiga estação de trem e olaria fazem parte da história do território e ajudam a explicar como a Geodiversidade influenciou no desenvolvimento da região.
A antiga estação de trem e olaria fazem parte da história do território e ajudam a explicar como a Geodiversidade influenciou no desenvolvimento da região.

A reunião, que ocorre de mensalmente de forma itinerante, dessa vez foi realizada no Espaço Olaria, um novo espaço de gastronomiae lazer localizado nas imediações de um dos mais importantes sítios culturais do município de Corumbataí.

Os encontros da Associação são um espaço de planejamento, troca de informações, apresentação de projetos, resultados e tomada de decisões. Como associado da Associação, o Geoparque Corumbataí tem na ASI um ambiente ideal para trabalhar em rede com as principais lideranças do território.

Área verde do restaurante e espaço de lazer Espaço Olaria.
Área verde do restaurante e espaço de lazer Espaço Olaria.

A reunião iniciou com a Palavra do prefeito de Corumbataí, Leandro, que deu as boas-vindas aos presentes e retratou o caminho do município desenvolvimento do turismo sustentável nos últimos anos.

Em seguida a Dani, da equipe do Senac, fez uma apresentação sobre o desenvolvimento organizacional da Governança, com a criação de uma Instância de Governança e Grupos de Projetos. O Fernando seguiu com a apresentação da revisão do Plano Diretor de Turismo Regional.

Fernando, da equipe do Senac, ressalta a Geodiversidade como uma força do território.
Fernando, da equipe do Senac, ressalta a Geodiversidade como uma força do território.

Uma das estratégias na revisão foi a realização de uma Análise SWOT, onde a Geodiversidade recebeu destaque como uma das Forças do território.

Em seguida, os presentes se reuniram em grupos para a realização de uma chuva de ideias para os novos projetos da ASI. A equipe do Projeto Geoparques Corumbataí indicou um projeto voltado ao turismo pedagógico como prioridade para as metas no novo Plano Diretor.

Grupos discutem temas e objetivos para os futuros projetos da Associação Serra do Itaqueri.
Grupos discutem temas e objetivos para os futuros projetos da Associação Serra do Itaqueri.

Nova gestão para dar continuidade ao trabalho da Associação

O próximo item da pauta foi a transição da gestão da Associação. O então presidente, Wendel, destacou as ações realizadas nos últimos anos, que avançaram mesmo com todas as dificuldades impostas pela pandemia. Um dos destaques é a parceria da Associação com o Projeto Geoparque Corumbataí, que participa da governança desde 2016.

Wendel agradeceu pelo tempo à frente da gestão da associação e desejou sucesso a nova presidente Aline e aos demais diretores e diretoras.

O então presidente Wendel com a nova gestão da Associação Serra do Itaqueri.
O então presidente Wendel com a nova gestão da Associação Serra do Itaqueri.

A Aline já contou, com muito entusiasmo, as próximas ações da entidade, inclusive a estratégia para inserir os associados da ASI no projeto de Rotas Gastronômicas, do governo do estado de São Paulo.

Em seguida a Benedita, em nome da organização Amigos da Fazendinha, chamou atenção dos participantes para a conservação da região das Unidades de Conservação de Itirapina, ressaltando a importância do local para a recarga do Aquífero Guarani, bem como para o desenvolvimento do Cerrado paulista.

A reunião finalizou com um almoço e confraternização, onde os participantes puderam aproveitar para a troca de informações e o estabelecimento de parcerias. A próxima reunião da ASI será realizada no dia 19 de maio, no Acampark, localizado no município de Charqueada.

Pesquisa inédita ajuda revelar a idade das cavernas do Geoparque Corumbataí

O território do Projeto Geoparque Corumbataí está novamente em destaque na ciência mundial! A pesquisa que colocou o território em evidência, relata a utilização, pela primeira vez, do método de datação 210Pb para avaliar a taxa de crescimento de estalactites em cavernas de arenito. Esta inovação ajuda a consolidar a Província Espeleológica da Serra de Itaqueri como uma das mais importantes regiões de cavernas areníticas do país.

Foto das cinco estalactites analisadas pelos pesquisadores. Na Província Espeleológica da Serra de Itaqueri, as Estalactites são formadas principalmente por sílica.

A publicação é fruto de pesquisas realizadas no Departamento de Geologia da Unesp Rio Claro. Os pesquisadores responsáveis são o Prof. Dr. Daniel Bonotto e o Geólogo André Ponce Figols, membro do Espeleo Grupo Rio Claro. Os dois cientistas utilizaram um método que é tradicionalmente utilizado para datar espeleotemas em cavernas de calcário. A inovação consistiu na adaptação do método para uso em cavernas de arenito, como é o caso das cavidades na região da Serra de Itaqueri.

Métodos de datação são ferramentas utilizadas por cientistas para determinar quando uma determinada estrutura foi formada, ajudando a entender a história do Planeta Terra.

A pesquisa foi relatada e publicada no Journal of Radioanalytical and Nuclear Chemistry, uma das principais revistas científicas internacionais de Geoquímica, fundada em 1968 e com alto fator de impacto.

Afinal, quanto tempo uma estalactite demora para crescer?

Segundo os resultados obtidos pelos pesquisadores, as estalactites analisadas possuem uma taxa de crescimento que varia entre cerca de 0,2 a 0,4 milímetros por ano. Isso significa que estalactites de aproximadamente 2 cm podem ter demorado de 60 a 100 anos para se formar. É importante ressaltar que essa não é a idade das cavernas como um todo mas apenas das estalactites.

Estalactites são estruturas que se formam no teto de cavernas devido ao gotejamento. Elementos químicos dissolvidos na água vão cristalizando e fazendo com que a estrutura aumente lentamente.

Assim, uma importante questão se apresenta: se as cavernas existem há milhares de anos, porque as estalactites encontradas possuem apenas algumas décadas? Será que o processo de formação dessas estruturas começou apenas recentemente? Ou será que, as que haviam foram destruídas por ação humana ou por processos naturais, como queda de blocos? Essas e outras perguntas são provocações para estimular futuras pesquisas no território.

Em conclusão, os resultados da pesquisa ajudam a contar a história dessas cavernas e também comprovam a necessidade de investigação e proteção do patrimônio espeleológico da Serra de Itaqueri. Ou seja, uma vez que estas frágeis estruturas podem levar séculos para se formarem, qualquer destruição terá um impacto muito alto.

Vista do alto da Serra de Itaqueri
Vista do alto da Serra de Itaqueri, local onde ficam localizadas as cavernas estudadas na pesquisa.

A equipe do Projeto Geoparque Corumbataí parabeniza e agradece os pesquisadores e as instituições responsáveis por mais este importante estudo. Esperamos que o Geoparque seja um atrativo para novas pesquisas sobre o Patrimônio Natural da região. Dessa forma, buscamos um território rico, diverso e ético, onde o conhecimento seja a chave para que a sociedade se desenvolva de forma integrada ao ambiente.

Espeleologia é o ramo da ciência que estuda todos os elementos e processos ligados à formação e evolução das cavernas. Os elementos de maior valor são considerados parte do Patrimônio Espeleológico.