Rio Claro sedia campeonato de Mountain Bike. O que isso tem a ver com a Geoconservação?

Largada da 3ª etapa do Circuito Paulista de Mountain Bike. Foto: Ricardo Alexandre Bortoloti

A Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), localizada em Rio Claro, sediou um dos mais importantes eventos ciclísticos do país. Foi a 3ª etapa do Circuito Paulista de Mountain Bike. Mas o que isso tem a ver com a Geoconservação e nosso Geopark Corumbataí?

O ciclismo, tanto o esportivo quanto o cicloturismo é uma atividade que gera baixo impacto ambiental e trás inúmeros benefícios para a comunidade local, como o desenvolvimento do comércio, do ecoturismo, além de promover saúde e lazer para a população.

E porque a FEENA é tão importante? Nossa Floresta Estadual, também conhecida como Horto Florestal de Rio Claro, está situada em um terreno onde ocorre uma rocha magmática chamada Diabásio (Formação Geológica Serra Geral). Por se tratar de uma rocha extremamente resistente comparada com as outras rochas da região, a erosão esculpiu um enorme morro na região, exatamente onde foi o evento.

Organizador elogia a qualidade e a relevância de Rio Claro para o ciclismo. Note os blocos da rocha diabásio expostos na parte alta da FEENA. Foto: Robison Pagotti

Este cenário é o oposto do que ocorre na região mais central do município onde as rochas sedimentares da Formação Rio Claro fornecem um terreno plano, ideal para o ciclismo urbano. É por isso que Rio Claro é conhecida como “A Cidade das Bicicletas“.

Desta forma, existem diversos grupos ciclísticos na região. Entre as demandas destes grupos está a criação e demarcação de trilhas na FEENA. Então porque não aproveitar a infra-estrutura criada para este evento e torná-la oficial? Como já expomos, o ciclismo é uma atividade sustentável que trará um enorme ganho para o município.

Organizadores realizam limpeza das trilhas, criando importante infra-estrutura para os ciclistas. Foto: Robison Pagotti

Agora que você já entendeu a importância da bicicleta para a região de Rio Claro, que tal pegar sua bike e se juntar a nós? Seja passeando pela cidade, fazendo trilhas pelo Horto Florestal ou trabalhando pelo desenvolvimento deste segmento, vamos trabalhar para que Rio Claro seja cada vez mais a cidade das bicicletas! =)

Premiação do evento. Trazendo visibilidade para o Patrimônio Natural de Rio Claro. Parabéns a todos os participantes! Foto: Ricardo Alexandre Bortoloti

Unesco dá sinal verde para a implantação de Geopark na Bacia do Rio Corumbataí

No final de 2015, o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Comitê PCJ), enviou à Unesco uma consulta a respeito da viabilidade de implantação de um Geopark na Bacia do Rio Corumbataí.

A resposta, veio da responsável pelo Programa de Geoparques na América Latina, Denise Gorfinkiel, que afirmou:

“Os documentos enviados pelo Consórcio são muito interessantes e me permitem dizer que área contém características para o estabelecimento de um Geoparque”

O próximo passo é o preenchimento dos pré-requisitos exigidos pela Unesco. Para tanto, pesquisadores da UNESP de Rio Claro já iniciaram os estudos relativos à Geodiversidade e Geoconservação na região. O apoio do Consórcio PCJ é fundamental para o projeto, já que a implantação de um Geopark deve contar com a colaboração de diferentes entidades.

O desenvolvimento do Ecoturismo, um dos grandes objetivos do Geopark, já está em andamento a partir do projeto Ecoturismo Rio Claro e região, que possui uma página de divulgação no Facebook.

Participamos do III Workshop de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)

Neste sábado (4/2/17) a equipe do Geopark Corumbataí participou do III Workshop de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), organizado pelo grupo LabTerra Ecologia da UNESP campus de Rio Claro. O evento ocorreu no Bairro Cachoeirinha, zona rural de Rio Claro e contou com a participação de produtores rurais, pesquisadores e membros do poder público.

O Workshop é teve como objetivo reunir impressões, críticas e sugestões a respeito da elaboração da Lei Municipal de PSA, a ser proposta na câmara de Rio Claro. O projeto visa oferecer vantagens ou compensações financeiras ou não para proprietários rurais que prestem serviços ambientais aos ecossistemas.

Além das atividades de reflorestamento e contenção de processos erosivos, o Geoturismo e a Geoconservação são importantes Serviços Ambientais que ajudam a trazer desenvolvimento sustentável para o município. O estabelecimento de um sistema de Pagamento por Serviços Ambientais é mais um passo que Rio Claro dá em direção à consolidação do Geopark Corumbataí.

Geólogos de Rio Claro apresentam estudo para salvar fósseis da era paleozoica

Coquina de bivalves da Formação Corumbataí (Permiano da Bacia do Paraná) foi localizada em geossítio dentro da área urbana do município de Rio Claro. Logo verificou-se que esta ocorrência fossilífera é única na região, porém encontra-se em local com alto risco de degradação.

Em face desta situação, uma equipe da UNESP realizou um estudo de Geoconservação no local, concluindo que trata-se de um geossítio de alta relevância, com elevado potencial científico e educativo. O trabalho, apresentado no evento científico PaleoSP, resultou no pedido de proteção ambiental da área junto à prefeitura. O resumo do trabalho pode ser baixado clicando aqui .

Lançamento da Pedra Fundamental do Parque Geológico de Assistência

Nesta quinta-feira (10/11/16), aconteceu o lançamento da Pedra Fundamental do Parque Geológico de Rio Claro, localizado no Distrito de Assistência. O evento contou com a participação de pesquisadores da UNESP de Rio Claro, além de membros do setor público e da empresa que irá doar a área para o município.

O parque se concretiza a partir de uma parceria entre a UNESP, a mineração Partecal e a prefeitura. A Secretaria de Meio Ambiente de Rio Claro disponibilizou vagas de estágio para que alunos da UNESP fizessem um estudo do parque, que resultou no trabalho: “Estratégias de geoconservação aplicadas ao patrimônio geológico da Formação Irati (Rio Claro – SP)”, disponível aqui . Além desde estudo, os alunos e pesquisadores da universidade prestarão suporte científico e educativo ao parque.

Segundo o Prof. Dr. José Alexandre Perinotto, vice-diretor do IGCE da UNESP e um dos idealizadores do projeto, a proposta de um Parque Geológico em Assistência é um antigo sonho da comunidade cientifica que finalmente se concretiza.